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Foto do escritorDra. Thaísa Bramusse

Reposição hormonal feminina: o que você precisa saber



A terapia de reposição hormonal feminina é ainda um assunto controverso. No entanto, há evidências de que, quando bem empregada, traz inúmeros benefícios à vida da mulher.


Gente, a expectativa de vida aumentou consideravelmente nas últimas décadas. Entre as brasileiras, ela está em torno de 80 anos. Isso significa que a mulher passa um terço da vida na menopausa. É indispensável investir em saúde e qualidade de vida durante essa fase!


Por isso, escrevi esse texto para te orientar sobre a reposição hormonal feminina. Esclareça suas dúvidas e converse com seu médico de confiança! Acompanhe a leitura.


O que é a reposição hormonal para mulheres

A reposição hormonal feminina é uma terapia na qual é feita a reposição de hormônios isomoleculares bioidênticos, ou seja, substâncias produzidas em laboratório, mas que têm a estrutura química idêntica ao hormônio natural. É recomendada quando a produção dos hormônios estrogênio e progesterona (principalmente) reduz drasticamente ou cessa.


Quando pensar em reposição hormonal

De maneira geral, a produção hormonal feminina começa a declinar de forma suave e progressiva, a partir dos 30 anos. A queda se acentua no climatério - fase que se inicia em torno dos 45 anos - e cessa na menopausa.


Usualmente, no climatério, a menstruação já começa a ficar irregular e os primeiros sintomas da queda hormonal podem surgir:

  • Fogachos

  • Sudorese noturna

  • Insônia

  • Dores de cabeça

  • Alterações de humor

  • Queda da libido

  • Falhas na memória e na concentração


A menopausa chega em definitivo quando a menstruação não acontece por um período de 12 meses. À essa altura, outros sintomas também começam a afetar a mulher:

  • Pele seca, queda de cabelos e unhas fracas

  • Falta de energia e desânimo

  • Redução da libido e secura vaginal

  • Perda de massa muscular e ganho de gordura (principalmente, abdominal)

  • Alterações importantes de humor


A reposição hormonal feminina é indicada na chamada “janela de oportunidade”, isto é, para mulheres com menos de 60 anos e menos de 10 anos na menopausa. É nesse período que as evidências apontam mais benefícios do que riscos.


Então, o que eu recomendo é você procurar seu médico de confiança assim que os sintomas começarem, para avaliar as opções de tratamento.


Quando a reposição hormonal feminina é indicada

A reposição hormonal em mulheres é indicada sempre que médico e paciente observarem mais benefícios do que riscos e efeitos colaterais importantes.


Existe uma série de doenças associadas à falta de estrogênio no organismo, além de queda significativa de qualidade de vida, quando os sintomas da menopausa são intensos e frequentes. Listei os principais problemas associados ao declínio hormonal:


Doenças com risco aumentado na menopausa

Doenças cardiovasculares

Alzheimer

Diabetes

Osteoporose e sarcopenia

Depressão


Queda na qualidade de vida

Baixa libido

Piora na memória e na concentração

Ansiedade e alterações de humor

Má qualidade do sono

Unhas e cabelos fracos

Pele seca e secura vaginal

Fogachos e sudorese noturna


Quem pode fazer reposição hormonal



A menopausa é um processo natural da vida, e a forma de enfrentá-la quem decide é a mulher. Cabe a nós, médicos, orientar nossas pacientes acerca das opções de tratamento e dos possíveis riscos envolvidos.


Na minha opinião, essa decisão deve ser tomada em conjunto com o médico de confiança, a partir da avaliação da intensidade dos sintomas, do aumento do risco de doenças e da perda de qualidade de vida, em contrapartida ao histórico médico da paciente, que pode contraindicar a reposição hormonal.


Benefícios da reposição hormonal

Considerando que a mulher não tenha contraindicações, os benefícios associados à reposição hormonal feminina são inúmeros:


  • Melhora da libido

  • Controle do risco das doenças mencionadas acima

  • Melhora da libido

  • Fortalecimento da pele, das unhas e dos cabelos

  • Aumento da energia, da disposição e da vitalidade

  • Sono de melhor qualidade

  • Auxílio no controle do peso e na manutenção da massa muscular

  • Alívio dos fogachos

  • Melhora do humor e das funções cognitivas


Quais os tipos de reposição hormonal para mulheres

A reposição hormonal feminina deve respeitar a individualidade de cada mulher, ajustando e adaptando as doses hormonais conforme o efeito do tratamento. Não existe um tempo determinado para a reposição. Enquanto os benefícios se sobrepuserem aos riscos, a terapia pode ser mantida. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável.


Existem diferentes vias para se fazer a reposição hormonal:


Via oral ou injetável

Menos indicadas por haver um risco aumentado de trombose, além de possíveis flutuações hormonais.


Via transdérmica (gel e adesivo)

É feita por meio de um adesivo colado na pele ou por uso tópico de gel.


Via vaginal

É conhecida como anel vaginal, inserido na vagina para aliviar a secura. Dessa forma, não é considerada sistêmica, e consequentemente, não aumenta o risco de câncer ou trombose.


Via implantes hormonais

Atualmente, essa é a maneira mais moderna e fisiológica de repor hormônios. É feita por meio da inserção de uma pequena cápsula (normalmente, na região do quadril) que contém a quantidade e associação de hormônios determinadas para cada mulher, conforme avaliação médica.


O procedimento de colocação é feito no próprio consultório médico, sob anestesia local.


A grande vantagem é que o processo de liberação hormonal é gradual, reequilibrando os níveis hormonais do organismo. Não há o risco de esquecer de tomar e a cápsula pode ficar implantada por até 1 ano.


Existem 2 tipos de implantes, os absorvíveis, que não precisam ser retirados, e os não absorvíveis, que devem ser removidos conforme prazo determinado.


Qual especialista procurar para fazer a reposição hormonal

O primeiro passo é conversar com seu médico de confiança, para avaliar sua condição e se a reposição hormonal é recomendada para você.


Aqui no consultório, tenho atendido a muitas mulheres que percebem sintomas associados à queda hormonal. Muitas, inclusive, ainda não estão no climatério ou na menopausa. Após anamnese detalhada, avaliação do histórico médico e exames laboratoriais tenho realizado os implantes hormonais e obtido ótimos resultados.


Mas, como disse ao longo do texto, cada caso deve ser avaliado individualmente. Entre em contato se quiser esclarecer dúvidas!


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