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Foto do escritorDra. Thaísa Bramusse

6 erros comuns no tratamento do Hipotireoidismo


O hipotireoidismo é uma doença crônica, diagnosticada quando a tireoide não produz hormônios tireoidianos em quantidade suficiente, para atender às necessidades do organismo. E o resultado disso são inúmeros sintomas e alterações metabólicas bastante significativas.


O tratamento do hipotireoidismo envolve a reposição hormonal, feita por medicamentos, cuidados com dieta e hábitos, além do controle de gatilhos (principalmente, quando a origem é autoimune).


O que eu percebo no consultório são erros comuns no tratamento e, muitas vezes, o paciente nem imagina que está cometendo. Por isso, vou listar os principais neste post, para te alertar!


Siga a leitura e confira se você comete esses erros no tratamento de hipotireoidismo!


1- Não seguir a prescrição médica

O medicamento usado para tratar o hipotireoidismo é a levotiroxina, um hormônio sintético administrado via oral.


A dosagem é definida pelo médico, especificamente para cada paciente, com base em exames de sangue e avaliação clínica. Seguir essa prescrição é essencial para manter os níveis adequados do hormônio tireoidiano.


Doses inadequadas podem levar à continuidade dos sintomas ou até mesmo ao hipertireoidismo.


2 - Não tomar o medicamento corretamente


Além de seguir a prescrição médica, é preciso tomar a levotiroxina com alguns cuidados, pois alguns fatores podem influenciar na sua absorção e na sua metabolização.


A levotiroxina deve ser tomada com água e em jejum, de preferência pela manhã, pelo menos 30 minutos antes de comer ou de ingerir outras substâncias. Alguns alimentos, suplementos ou medicamentos podem interferir na absorção da levotiroxina, como o sulfato ferroso, o cálcio e os inibidores da bomba de próton, reduzindo a sua eficácia.


Se você esquecer de tomar a medicação pela manhã, espere 2 horas sem se alimentar, tome o remédio e espere mais 30 minutos para comer.


Vale lembrar ainda que algumas condições também podem afetar a absorção do medicamento, como doenças inflamatórias intestinais e a cirurgia bariátrica.


Então, é sempre importante conversar com seu médico e avaliar seu organismo integralmente.


3- Não manter a mesma marca do medicamento

Marcas distintas de levotiroxina podem apresentar diferentes formulações e biodisponibilidade de hormônio, mesmo com a mesma indicação na embalagem. Quando o paciente varia muito a marca, pode haver oscilações nos níveis de hormônios.


Só faça essa alteração depois de consultar o seu médico.


4 - Não descobrir a origem do hipotireoidismo

Muita gente não sabe, mas 80% dos casos de hipotireoidismo têm como origem a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune.


Se é o seu caso, é fundamental agir no controle dessa doença, para reduzir os impactos na tireoide. Para isso, precisamos identificar e controlar os gatilhos da autoimunidade, e isso envolve planejamento alimentar e suplementar, manejo do estresse, fortalecimento do intestino, qualidade do sono, entre outros cuidados.


Há ainda causas relacionadas à deficiências nutricionais, cirurgia da tireoide, uso de alguns medicamentos contínuos etc.


5 - Não fazer o tratamento complementar

“Doutora, eu tomo o remédio todo dia e continuo com sintomas”. Já escutei essa frase muitas vezes.

Quando vamos investigar, é comum identificarmos que o paciente comete alguns dos erros que mencionei sobre a administração. Ou ainda, se esquece de que o tratamento é multifatorial, ou seja, há outros cuidados que precisam ser incorporados à rotina.


É preciso seguir uma dieta saudável, que garanta os nutrientes que a tireoide precisa para funcionar bem, além de reduzir a inflamação crônica e fortalecer a imunidade.


Cuidados com o sono, manejo do estresse, prática de exercícios, manutenção do peso adequado são aspectos que ajudam no tratamento, principalmente, se a origem é a Tireoidite de Hashimoto.


6 - Não manter o acompanhamento médico

O hipotireoidismo é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas tem controle. Para isso, é fundamental manter o acompanhamento médico, tanto para avaliação dos sintomas, quanto para realização de exames periódicos.


Precisamos observar se a dosagem de levotiroxina está adequada ou se são necessários ajustes. E claro, perceber se o controle dos gatilhos e o tratamento complementar também demanda correções.


É importante ainda investigar outros problemas de saúde, que podem causar sintomas semelhantes, para termos precisão e eficácia no tratamento do hipotireoidismo.


Seguindo as recomendações médicas e esses cuidados, você pode controlar o hipotireoidismo e os sintomas desagradáveis que o acompanham.


Agora, me conta, você comete algum desses erros?


Espero ter ajudado!


Até a próxima!


Dra. Thaísa Bramusse



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